A Prefeitura Municipal de São Paulo homologou ontem o tombamento de sete obras modernistas, seis das quais projetadas por Paulo Mendes da Rocha e uma por Gregori Warchavchik. Além dessas, foram tombados outros 32 imóveis na capital paulista.
Aprovados em março do ano passado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), os tombamentos incluem as casas Paulo Mendes da Rocha, Mario Masetti e James Francis King, respectivamente nos bairros Butantã, Pacaembu e Santo Amaro, a Escola Presidente Roosevelt, no bairro da Liberdade, o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), nos Jardins, e o Ginásio do Clube Paulistano, no Jardim América, projetado em parceria com João De Gennaro.
A Sede Social do Clube Atlético Paulistano, projetada por Warchavchik em 1948 e inaugurada em 1957, também faz parte da lista de bens modernistas preservados.
- Clássicos da Arquitetura: Casa no Butantã / Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro
- Clássicos da Arquitetura: Ginásio do Clube Atlético Paulistano / Paulo Mendes da Rocha e João De Gennaro
O órgão justificou o tombamento destes edifícios devido à "importância do conjunto da contribuição arquitetônica paulista e paulistana à história da Arquitetura Moderna Brasileira que se intensifica a partir de meados dos anos 50". A estratégia prevê a salvaguarda das obras de modo a "transmiti-las como herança às sociedades futuras".
Entre os demais imóveis tombados, que não se inserem na produção do período moderno, estão a Vila Holandesa, na região de Santana, o Parque Lina e Paulo Raia, no Jabaquara, e o Instituto Pasteur, na Avenida Paulista. Com a homologação, qualquer intervenção realizada nos edifícios tombados deverá ser autorizada pelo Conpresp.
Referência: Estadão